Carambaia

[Palavra da casa] Fundada em 2014 em São Paulo, a editora Carambaia se propõe a publicar livros com textos literários de excelente qualidade, de autores brasileiros e estrangeiros, inéditos em português ou com edições esgotadas há anos, em edições bem cuidadas graficamente.

Informações atualizadas em 20/12/2024

Áreas de atuação Ficção, Literatura brasileira, Literatura estrangeira

Porte Médio

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Livros da editora

Ucrânia: diário de uma guerra

Andrei Kurkov

Trad. Marcia Vinha e Renato Marques Editora Carambaia // 392 pp • R$ 139,90

Considerado um dos maiores expoentes da literatura ucraniana contemporânea, o escritor vencedor do Prix Médicis e finalista do International Booker Prize narra os eventos que marcaram sua vida desde o início da invasão russa em fevereiro de 2022. Entre diários, Kurkov relata a fuga de Kiev sobre ataque, a resistência ucraniana, e reflete sobre identidade nacional e a espiral de sentimentos e eventos que orbitam os cursos do conflito.

Trecho:

1º de março de 2022

A hora é agora

Minha amiga jornalista da Alemanha não conseguiu falar comigo em nenhum dos meus dois celulares. Um atendimento automático lhe dizia: ‘Esse número de telefone não existe’. Mas a internet fez suas maravilhas e, no final, nos falamos pelo Zoom. Depois da conversa, eu ainda me lembrei dessa frase ‘esse número de telefone não existe’ e então vi no Facebook que uma amiga que trabalha no Ministério do Exterior da Ucrânia também reclamou que as pessoas que ligaram para ela do exterior não conseguiram achá-la. Nós precisamos parar de ficar surpresos com esse tipo de coisa. Enquanto eu existir, meu número de telefone também existe.”

Leia o trecho na íntegra

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A coisa e outros contos

Alberto Moravia

Trad. Maurício Santana Dias Posf. Eliane Robert Moraes  Editora Carambaia // 288 pp • R$ 109,90

Com posfácio da crítica literária e pesquisadora da escrita erótica Eliane Robert Moraes, a coletânea reúne catorze contos eróticos do escritor italiano Alberto Moravia (1907-1990), vencedor do Prêmio Strega e autor do romance Os indiferentes (1929). Neles, o romancista rompe as ideias da época acerca do sexo, com narrativas que orbitam ao redor de fetiches, tabus e voyeurismo.

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Doppelgänger: uma viagem através do mundo-Espelho

Naomi Klein

Trad. Renato Marques // Posf. Rodrigo Nunes Editora Carambaia // 696 pp • R$ 90

Vencedor do Women’s Prize 2024 na categoria não ficção, o livro da escritora e jornalista canadense faz uso da palavra alemã “Doppelgänger” (duplo ambulante, em português), que se refere à ideia de que todas as pessoas tem um sósia maligno andando pelo mundo, para identificar o período em que foi confundida com “outra Naomi”. Durante a pandemia, a colunista do The Guardian e professora de justiça climática na University of British Columbia foi confundida com uma negacionista e antivacina, responsável por circular teorias conspiratórias e interlocutora da extrema direita. Partindo de um paralelo com Alice através do espelho, Klein se debruça sobre “cultura doppelgänger”: o submundo da desinformação e da rede de teorias da conspiração na internet que levam pessoas ao fanatismo, violência e polarização.

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Gente às janelas: crônicas

João do Rio

Org. e intr. Graziella Beting Editora Carambaia // 272 pp • R$ 69,90

Coletânea de 33 crônicas inéditas do autor homenageado de 2024 da Flip, conhecido como o criador da crônica moderna. Nesta seleção, o jornalista e escritor carioca buscou capturar a alma do Rio de Janeiro a partir de seus espaços mais requintados — como os salões que imitavam os frequentados pelas altas classes na Europa — até seus becos, morros, vielas e terreiros de candomblé, abordando temas e particularidades de ambientes que os jornalistas da época não acessavam, como homossexualidade, preconceito, miséria e moradia.

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Madri 1940: memórias de um jovem fascista

Francisco Umbral

Trad. Sérgio Molina. Posf. Bénédicte de Buron-Brun Editora Carambaia // 248 pp • R$ 109,90

Romance protagonizado por um jovem fascista, mulherengo e pedófilo, ambientado no período que se seguiu ao término da Guerra Civil Espanhola. O narrador é um tremendo canalha, amoral e ganancioso, que tenta ascender socialmente depois da chegada de Franco ao poder, embora despreze o novo ditador por considerá-lo muito inferior a Hitler e Mussolini. Faz carreira no jornalismo, onde presta serviços como dedo-duro, denunciando os republicanos derrotados no conflito e o seu principal rival literário.

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