“Gosto mais de viajar por palavras do que de trem” — Manoel de Barros.
Essa é a primeira coisa que você vai ler em A queda dos moais. Por mais que o livro não seja de Manoel de Barros, as autoras decidiram começá-lo com essa frase.
O livro conta a história de um menino chamado Joaquim que vai passar suas férias na Ilha de Páscoa, que fica no oceano Pacífico, porque seu pai encontrou as passagens numa promoção. Sua família fica empolgada, mas Joaquim não. Acontece que a principal atração turística do lugar, as estátuas conhecidas como moais, caíram e estão com o nariz no chão.
O mais legal é o jeito diferente de contar a história — não são blocos de texto intercalados com ilustrações. Ele conta a história através de panfletos turísticos, mapas, e-mails, mensagens de WhatsApp, quadrinhos, jornais, diários de bordo antigos, receitas de comportamento ideal, cartas, lendas, programações culturais, gráficos, pranchetas e muito mais. No final, há um índice que mostra e explica cada um dos tipos de texto que apareceram ao longo do livro.
Existem pequenos detalhes que deixam a história mais engraçada, como os e-mails dos personagens: [email protected] e vovó@unicalucida.dahistoria.com.br. Tem também uma ficha de inscrição para o Clube PaSNo (Clube dos Pais sem Noção).
A viagem acaba sendo ótima para todo mundo menos para Joaquim, que não acha graça em nada. Sua avó até tenta ajudar, mandando uma carta para o Ministério de Turismo da ilha para ver se solucionam o mistério da queda dos moais e acabam com o tédio do neto, mas isso não acontece.
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Eu achei o livro muito legal e engraçado, mas é um pouco triste não saber o que causou a queda dos moais: isso ainda é um mistério!!!
Quem escreveu esse texto
Irene Biasizzo
Estuda no 5º ano do ensino fundamental no Colégio São Domingos, em São Paulo.
Matéria publicada na edição impressa #26 set.2019 em agosto de 2019.
