Infantojuvenil,
Para expressar a criatividade
A jovem Lhara, 17, de Duque de Caxias (RJ), escreve sobre diário feito para ser destruído
01out2019 | Edição #27 out.2019Você algum dia já pensou em destruir um de seus livros? Bem, a proposta do livro Destrua este diário, da ilustradora e autora Keri Smith, passa essa ideia. A obra foi lançada no Brasil em 2013, dedicada a perfeccionistas do mundo inteiro. Às vezes, pode ser legal sair da rotina da leitura e passar a desenvolver a criatividade no próprio livro! Eu sou muito apegada a arte, coisas, pessoas. Achei legal que fosse liberar todo o meu apego ao livro, pois ele proporciona isso.
Vi uma nova maneira de fazer arte, descobrindo maneiras de escapar do medo das páginas
Apesar do nome assustador — “destruir” —, ele faz liberar a criatividade com muito carinho e bagunça. Confesso que, quando li as páginas, fiquei assustada, mas nada que uma mistura de amor e ódio não possa resolver. No livro, escolhemos o que queremos ou não fazer, o jeito como queremos transformá-lo. O livro tem opções diversificadas e instruções bem legais de como destruí-lo, e cabe a nós decidirmos se queremos fazê-lo ou não.
No meu caso, destruí algumas páginas e outras personalizei do meu jeito. Em alguns momentos, eu me peguei sem saber por onde começar. Em meio a tantas ideias, fiquei sem saber como organizar meus pensamentos. Com esse livro, eu me senti como a autora e ilustradora dele. Achei incrível o resultado final. Vi uma nova maneira de fazer arte, descobrindo maneiras de escapar do medo das páginas, entrando completamente no mundo criativo e destrutivo que o livro propõe.
Este texto foi realizado com o apoio do Itaú Social
Matéria publicada na edição impressa #27 out.2019 em setembro de 2019.