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Onze histórias sobre mães e para pensar maternidades

Uma lista de lançamentos em romance, literatura infantojuvenil, graphic novel e ensaio inspirados pelas múltiplas experiências de ser mãe

28maio2024 - 18h43 • 29maio2024 - 11h00

O romance Máquina de leite (Todavia), de Szilvia Molnar, explora sentimentos contraditórios e ambíguos da maternidade. Em As abandonadoras: histórias sobre maternidade, criação e culpa (Zahar), a jornalista e escritora catalã Begoña Gómez Urzaiz questiona as ideias do que é ser uma “boa mãe”. Já em O que não tem nome (DBA Literatura), a colombiana Piedad Bonnett traça uma história sobre a experiência do luto e os sentimentos que envolvem a ausência após a morte de um filho.

A Quatro Cinco Um reúne lançamentos em romance, literatura infantojuvenil, graphic novel e ensaio que exploram assuntos sobre o universo da maternidade.

Confira onze lançamentos recentes sobre mães e maternidades

Máquina de leite. Szilvia Molnar.
Trad. Marcela Lanius • Todavia • 200 pp • R$ 79,90

A autora explora os sentimentos contraditórios e ambíguos da maternidade, como culpa e alegria, dores físicas e amor, promessas e decepções, ao narrar a gravidez e o nascimento da primeira filha de um casal. Em meio ao cansaço pós-parto, a mãe se vê sem controle e despersonalizada, como uma “máquina de leite”.


O lenço de cetim da mamãe. Chimamanda Ngozi Adichie.
Ils. Joelle Avelino • Trad. Nina Rizzi • Companhia das Letrinhas • 32 pp • R$ 59,90

Primeiro livro infantil da escritora nigeriana, autora de Hibisco roxo (2011) e Sejamos todos feministas (2015), faz uma ode aos pequenos tesouros do dia a dia e à construção de memórias de uma vida em família.


Debaixo d’água. Fernanda Baukat e José Aguiar.
Nemo • 200 pp • R$ 84,90

Do autor de A infância do Brasil (Nemo, 2022), a graphic novel traça o relato autobiográfico do casal de autores durante a jornada que tiveram de trilhar em busca de um parto humanizado no Brasil, um dos países com as maiores taxas de cesarianas desnecessárias.


As abandonadoras: histórias sobre maternidade, criação e culpa. Begoña Gómez Urzais.
Trad. Eliana Aguiar • Zahar • 280 pp • R$ 79,90

Após questionar as próprias ideias do que é ser uma “boa mãe”, a jornalista catalã faz uma investigação sobre mulheres que abandonaram a prole por não se “encaixarem” nos papéis que a maternidade lhes impõe. Urzaiz resgata da atriz Ingrid Bergman a mães ficcionais, como Anna Kariênina, de Tolstói.


Uma mulher. Annie Ernaux.
Trad. Marília Garcia • Fósforo • 64 pp • R$ 64,90

Escrito anos após O lugar, em que conta sobre o pai, a francesa ganhadora do Nobel narra o momento em que recebeu a notícia da morte da mãe, e reconstitui suas memórias da figura materna, também mulher de classe operária que sempre buscou independência.


O que não tem nome. Piedad Bonnett.
Trad. Elisa Menezes • DBA Literatura • 152 pp • R$ 62,90

A poeta e dramaturga colombiana narra em tom autobiográfico a experiência do luto após o suicídio do filho esquizofrênico, que por anos lutou contra a depressão e outras consequências da doença. Bonnett une o relato pessoal à ficção na tentativa de nomear os sentimentos que envolvem o luto e a ausência.


Mika na vida real. Emiko Jean.
Trad. Mayumi Aibe • Intrínseca • 368 pp • R$ 69,90

Narra a jornada de Mika Suzuki, que, após receber um telefonema da filha que deu para adoção quando era adolescente, tenta conciliar a maternidade, a autonomia sobre o próprio corpo e a revelação de um segredo à sua tradicional família.


Minha mãe caminha. Isabel Malzoni e Laura Gorski.
Editora Caixote • 40 pp • R$ 58

Fruto da inquietação das autoras acerca do que sentem os filhos das mães que insistem em caminhar para encontrar os melhores caminhos, é uma homenagem à maternidade e ao feminino, ao mesmo tempo que conversa com um importante aprendizado da infância: mamãe vai, mas volta.


Maneiras de temer o fim do mundo. Maria Alice Stock.
Helvetia • 76 pp • R$ 44,90

Nesta narrativa breve e singular, Alice Stock mostra maneiras de temer o fim do mundo em um belo bordado de relatos sobre o espanto de estar viva diante de percursos incontornáveis a partir de memórias da infância, adolescência, vida adulta e maternidade.


Quando você sai. Gastón Hauviller.
Trad. Ana Tavares • Pequena Zahar • 48 pp • R$ 54,90

Uma história em ilustrações repleta de humor e imaginação que celebra o poder do amor e da conexão familiar, enquanto explora as complexas emoções envolvidas nessa relação.


O abrir do ventre em um mundo prisão: relatos da maternidade na pandemia. Joana Siqueira.
Kotter Editorial • 176 pp • R$ 59,70

Em um conjunto de textos, o livro é um diário de uma mãe de primeira viagem, que descortina as entranhas humanas no ano da peste. Além disso, a obra oferece reflexões sobre entender-se mãe em um mundo do qual pouco se entendia: a pandemia da covid-19.