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Os Melhores Livros de 2018
Rigor matemático e debates preliminares à parte, resenhistas e colaboradores que publicaram na Quatro Cinco Um elegem os livros que fizeram sua cabeça (ou seu coração) em 2018
13dez2018 • Atualizado em: 02maio2024 | Edição #19 dez.18/fev.19Ficção/Poesia
Literatura brasileira
O sol na cabeça. Geovani Martins.
Companhia das Letras.
12 votos / resenhas nas edições 11 e 13
No conto de abertura,
Geovani dá um nó na gramática com seu dialeto, como se o revisor tivesse sido demitido. Estilo literário é estilo de vida (Hélio de la Peña, #13)
O pai da menina morta.
Tiago Ferro. Todavia.
4 votos / resenha na edição 9
Sem nada a perder,
Ferro se transforma no livro-homem, em carne viva, escrita-desabafo que ganha a empatia do leitor sem requisitá-la
(Camila Appel, #9)
Alguns humanos. Gustavo Pacheco.
Tinta da China Brasil.
4 votos / resenha na edição 12
Pacheco diverte-se
explorando debilidades
de espécimes do habitat artístico, como escritores
(Odorico Leal, #12)
Um beijo por mês.
Vilma Arêas. Luna Parque.
2 votos / ver p. 8
Sebastopol. Emilio Fraia.
Alfaguara/Companhia das Letras.
2 votos / resenha na edição 18
Contos completos. Caio Fernando Abreu. Companhia das Letras.
O imponderável Bento contra o crioulo voador. Joaquim Pedro de Andrade. Todavia.
Os animais domésticos
e outras receitas. Luana Chnaiderman. Perspectiva. resenha na edição 12
Da prosa. Hilda Hilst. Companhia das Letras.
O filho mais velho de Deus e/ou Livro IV. Lourenço Mutarelli. Companhia das Letras.
Paralisia. André Nigri. Reformatório.
O orangotango marxista.
Marcelo Rubens Paiva.
Alfaguara/Companhia das Letras.
Com armas sonolentas. Carola Saavedra. Companhia das Letras.
A um passo. Elvira Vigna. Companhia das Letras.
Kafkianas. Elvira Vigna. Todavia.
Literatura estrangeira
Caderno de memórias coloniais. Isabela Figueiredo. Todavia. 9 votos / resenha na edição 13
Isabela fere de morte o mito outrora caro ao Estado português, mas ainda hoje corrente em determinados setores, que é o mito do colonialismo benfazejo (Eduardo Sterzi, #13)
A vegetariana. Han Kang. Todavia.
4 votos / ver p. 21
Bússola. Mathias Enard. Todavia.
3 votos / resenha na edição 15
A gorda. Isabela Figueiredo. Todavia.
3 votos / resenha na edição 8
O romance luminoso. Mario Levrero. Companhia das Letras.
3 votos / resenha na edição 11
Era uma vez uma mulher que
tentou matar o bebê da vizinha. Liudmila Petruchévskaia.
Companhia das Letras.
2 votos / resenha na edição 11
Mac e seu contratempo. Enrique
Vila-Matas. Companhia das Letras.
2 votos / ver p. 18
4 3 2 1. Paul Auster. Companhia das Letras.
A vida escolar de Jesus. J. M. Coetzee. Companhia das Letras.
ver p. 20
O bebedor de horizontes.
Mia Couto. Companhia das Letras.
O bosque das ilusões perdidas. Alain-Fournier. Grua Livros.
Almas mortas.
Nikolai Gógol. Editora 34.
Uma noite, Markovitch. Ayelet Gundar-Goshen. Todavia.
Nas profundezas. Joris-Karl Huysmans. Carambaia.
ver p. 13
10:04. Ben Lerner. Rocco.
O fim de Eddy. Édouard Louis. Tusquets/Planeta.
ver p. 19
A uruguaia. Pedro Mairal. Todavia.
A pele. Curzio Malaparte. Autêntica.
Meu livro violeta. Ian McEwan. Companhia das Letras.
Baratas. Scholastique Mukasonga. Nós.
O papel mata-moscas e outros textos. Robert Musil. Carambaia.
O nome na ponta da língua.
Pascal Quignard. Chão da Feira.
Quando ela era boa. Philip Roth. Companhia das Letras. resenha na edição 15
Minha casa é onde estou.
Igiaba Scego. Nós.
entrevista na edição 13
Canção de ninar. Leila Slimani. Tusquets. resenha na edição 13
Ritmo louco. Zadie Smith. Companhia das Letras.
Assombrações. Domenico Starnone. Todavia.
Infância, adolescência, juventude. Liev Tolstói. Todavia.
Poesia
Pesado demais para a ventania. Ricardo Aleixo. Todavia.
6 votos
Nenhum mistério. Paulo Henriques Britto. Companhia das Letras.
2 votos / resenha na edição 15
O que o sol faz com as flores. Rupi Kaur. Planeta.
2 votos
Nuvens. Hilda Machado.
Editora 34.
2 votos
Que tempos são estes.
Adrienne Rich. Jabuticaba.
2 votos
Lua na jaula.
Ledusha Spinardi. Todavia.
2 votos
Coral e outros poemas. Sophia
de Mello Breyner Andresen.
Companhia das Letras.
resenha na edição 12
O silêncio, tão visado
pela autora, é pré-linguístico, anterior à mítica separação entre coisas e palavras (Noemi Jaffe, #12)
O Senhor Dorido & outros poemas. Fernando Boigues. 7Letras.
Sobre isto.
Vladímir Maiakóvski. Editora 34.
ver p. 16
Anti-retrato. Max Martins. Ed. ufpa.
Forte apache. Marcelo Montenegro. Companhia das Letras. resenha na edição 8
Árvore de Diana.
Alejandra Pizarnik. Relicário.
resenha na edição 12
Poeta essencialista, vale-se
de teimosas e fugidias ferramentas para
a construção da solidez impossível diante
da morte (Alcides Villaça, #12)
Um corpo negro.
Lubi Prates. Nosotros.
Fora da cafua.
Gabriel Sanpêra. Urutau.
Os postais catastróficos.
Ismar Tirelli Neto. 7Letras.
Cosmogonias. Otto Leopoldo Winck. Kotter Editorial.
Quadrinhos
Todos os santos. Marcelo Quintanilha. Veneta.
Não-ficção
Antropologia
Viagem ao Volga. Ahmad Ibn Fadl?n. Carambaia.
Argonautas do Pacífico Ocidental. Bronislaw Malinowski. Ubu.
resenha na edição 18
Arte
Irving Penn: centenário.
Maria Morris Hambourg & Jeff L. Rosenheim. Instituto Moreira Salles.
resenha na edição 15
Cildo: estudos, espaço, tempo. Diego Matos & Guilherme Wisnik. Ubu.
resenha na edição 9
Biografia
Zé Dirceu – memórias – vol I.
José Dirceu. Geração Editorial.
O Tiradentes: uma biografia de Joaquim José da Silva Xavier. Lucas Figueiredo. Companhia das Letras.
Minha história. Michelle Obama. Objetiva/Companhia das Letras.
Cartas da prisão de Nelson Mandela. Sahm Venter. Todavia.
Cinema
2001: uma odisseia no espaço. Michael Benson. Todavia.
Crítica literária
Maquinação do mundo: Drummond e a mineração. José Miguel Wisnik. Companhia das Letras.
10 votos / resenha na edição 18
Wisnik é um ensaísta de poucas obras, mas profundamente original, pela identificação de questões a que procura fazer justiça com o rigor da composição
(Clara Rowland, #18)
Antonio Candido 100 anos. Maria Augusta Fonseca & Roberto Schwarz . Editora 34.
Dostoiévski na rua do ouvidor. Bruno Barreto Gomide. Edusp.
Pessoa revisitado. Eduardo Lourenço. Tinta da China Brasil.
resenha na edição 16
Sonhos da periferia.
Sergio Miceli. Todavia.
resenha na edição 9
Direito
Tanques e togas. Felipe Recondo. Companhia das Letras.
resenha na edição 10
Divulgação científica
Como mudar sua mente.
Michael Pollan. Intrínseca.
3 votos
A origem das espécies.
Charles Darwin. Ubu.
ver p. 52
Ciência na alma. Richard Dawkins. Companhia das Letras.
Folha de lótus, escorregador
de mosquito. Fernando Reinach. Companhia das Letras.
resenha na edição 12
Economia
Valsa brasileira.
Laura Carvalho. Todavia.
2 votos / resenha na edição 13
A loucura da razão econômica:
Marx e o capital no século XXI.
David Harvey. Boitempo.
resenha na edição 14
Tempo comprado: a crise adiada do capitalismo democrático. Wolfgang Streeck. Boitempo.
Educação
A pátria educadora em colapso. Renato Janine Ribeiro. Três Estrelas.
ver p. 46
Ensaio
Recusa do não-lugar.
Juliano Garcia Pessanha. Ubu.
5 votos / resenhas nas edições 10 e 13
A Ilha de Sacalina. Anton Tchékhov. Todavia.
3 votos / resenha na edição 18
Apesar de o autor se declarar apolítico, o relato é um libelo contra uma sociedade injusta e cruel, quase um manifesto político (Drauzio Varella, #18)
A morte da verdade.
Michiko Kakutani. Intrínseca.
2 votos / ver p. 29
21 lições para o século 21. Yuval Noah Harari. Companhia das Letras.
Garotas mortas. Selva Almada. Todavia.
resenha na edição 13
Anuário Todavia.
Michel Laub (org.). Todavia.
Siderar, considerar: migrantes, formas de vida. Marielle Macé. Bazar do Tempo.
Crítica da razão negra. Achille Mbembe. N-1.
Contra os filhos. Lina Meruane. Todavia.
resenha na edição 16
O novo Iluminismo. Steven Pinker. Companhia das Letras
ver p. 30
Subcidadania brasileira. Jessé Souza. LeYa.
Cultura brasileira hoje: diálogos.Flora Süssekind e Tânia Dias (org.). Fundação Casa de Rui Barbosa.
Esporte
A grande luta. Adriano Wilkson. Todavia.
Filosofia
Como nasce o novo.
Marcos Nobre.Todavia.
3 votos / resenha na edição 12
Hegel e o Haiti.
Susan Buck-Morss. N-1.
2 votos / resenha na edição 14
Com coerência e erudição, Buck-Morss examina os interstícios das relações
entre os conceitos de liberdade e escravidão na filosofia política europeia
(Pedro Paulo Pimenta, #14)
Desobedecer. Frédéric Gros. Ubu.
2 votos / resenha na edição 11
A aventura. Giorgio Agamben. Autêntica.
Nietzsche e a filosofia. Gilles Deleuze. N-1.
Grande Hotel Abismo.
Stuart Jeffries.
Companhia das Letras.
resenha na edição 15
Extramundanidade e sobrenatureza: ensaios de ontologia infundamental. Marco Antonio Valentim. Cultura e Barbárie.
História
Dicionário da escravidão e liberdade. Lilia Schwarcz & Flávio Gomes (org.). Companhia das Letras.
4 votos
Ser republicano no Brasil Colônia.
Heloisa Starling.
Companhia das Letras.
2 votos / resenha na edição 16
Clamar e agitar sempre:
os radicais da década de 1860.
José Murilo de Carvalho. Topbooks.
ver p. 44
A questão da culpa: a Alemanha
e o nazismo. Karl Jasper. Todavia.
resenha na edição 10
Memórias/Literatura
Viagem Sentimental.
Viktor Chklóvski. Editora 34.
ver p. 15
Um ano depois. Anne Wiazemski.Todavia.
resenha na edição 14
Música
Tropicália ou Panis et circensis.Pedro Duarte. Cobogó.
Tropicália rex. Liv Sovik. Mauad X.
Política
Como as democracias morrem. Steven Levitsky & Daniel Ziblatt. Zahar.
6 votos / resenha na edição 16
O desafio é criar mecanismos para uma grande democracia multirracial, heterogênea, e ao mesmo tempo, duradoura. Isso nunca foi conseguido (Diego Viana, #16)
Presidencialismo de coalizão. Sérgio Abranches. Companhia das Letras.
2 votos
Quem tem medo do feminismo negro? Djamila Ribeiro.
Companhia das Letras.
2 votos / resenha na edição 12
Desfazendo mitos, nomeando e atribuindo responsabilidade, o livro desmonta hipocrisias
de uma sociedade profundamente racista
(Yara Frateschi, #12)
Mulheres e poder: um manifesto. Mary Beard.
Crítica/Planeta.
resenha na edição 11
Dinheiro, eleições e poder. Bruno Carazza. Companhia das Letras.
resenha na edição 14
Mulher, Estado e revolução. Wendy Goldman. Boitempo.
Como a democracia chega ao fim. David Runciman. Todavia.
Resenha na edição 16
Medo: Trump na Casa Branca. Bob Woodward. Todavia.
Sociologia
A guerra: a ascensão do pcc
e o mundo do crime no Brasil.
Bruno Paes Manso & Camila
Nunes Dias. Todavia.
3 votos / resenha na edição 15
O leitor acompanha fugas espetaculares, confrontos sangrentos, vinganças e operações financeiras
(Paula Miraglia, #15)
A violência das letras: amizade e inimizade na literatura brasileira (1888-1940). César Braga-Pinto. eduerj.
Irmãos: uma história do pcc. Gabriel Feltran. Companhia das Letras.
resenha na edição 15
Brasil: uma biografia não autorizada. Francisco de Oliveira. Boitempo.resenha na edição 18
Pela reiterada capacidade de sacudir os consensos fáceis e propor questões inesperadas,
é o tipo de livro que se deve ler aqui e agora
(Gabriel Cohn, #18)
Marx selvagem. Jean Tible. Autonomia Literária.
Quasi una fantasia.
Theodor Adorno. Ed. Unesp.
Infantojuvenil
Poemas com macarrão. Fabrício Corsaletti. Companhia das Letrinhas.
8 votos / resenha na edição 16
Corsaletti resiste à exigência de deixar a infância: diz que “vento é que nem argila”, compara um vulcão a “um dragão enterrado” (Tarso de Melo, #16)
A vida não me assusta. Maya Angelou & Jean-Michel Basquiat. DarkSide.
5 votos / resenha na edição 15
Eu sou a monstra: Hilda Hilst para crianças. Hilda Hilst. Quelônio.
4 votos
Olavo. Odilon Moraes. Jujuba.
3 votos / resenha na edição 16
Odilon e alguns de seus colegas de geração foram responsáveis pelo forte desenvolvimento do livro ilustrado no Brasil (Bruno Molinero, #16)
Os figos são para quem passa.
João Gomes Abreu e Bernardo
P. Carvalho. Chão da Feira.
2 votos
Minha família Enauenê.
Rita Carelli. FTD Educação.
2 votos / resenha na edição 16
O Capital para crianças. Liliana Fortuny. Boitatá/Boitempo.
2 votos
A menina dos livros. Oliver Jeffers
& Sam Winston. Pequena Zahar.
2 votos / resenha na edição 12
A eleição dos bichos. Larissa Ribeiro, André Rodrigues, Paula Desgualdo & Pedro Markun. Companhia das Letrinhas.
2 votos / resenha na edição 16
Ótimo para introduzirmos na conversa com as crianças valores consolidados, para que elas possam começar a pensar na vida em sociedade (Conrado Corsalette, #16)
Malala e seu lápis mágico. Malala Yousafzai. Companhia das Letrinhas.
2 votos / resenha na edição 16
A mensagem sobre direitos humanos é espinhosa, mas a mensageira é graciosa. Ao final, quem sabe, sua história sirva de trampolim para ativistas-mirins (Fernanda Ezabella, #16)
Dois meninos de Kakuma.
Marie Ange Bordas. Pulo do Gato.
Neném outra vez. Laerte Coutinho
& Maria Rita Kehl. Boitempo.
Resenha na edição 16
Capital. Afonso Cruz.
SESI-SP.
Resenha na edição 16
Rã de três olhos. Olga de Dios. Boitatá/Boitempo.
Amoras. Emicida.
Companhia das Letrinhas.
Resenha na edição 16
Vovô Mandela. Zazi Mandela, Ziwelene Mandela & Zindzi Mandela. V&R Editoras.
Resenha na edição 16
Bulhufas, bugalhos bizarros. Penélope Martins. Editora de Cultura.
Um rei sem majestade. Adriana Lisboa. Rocco Pequenos Leitores.
O búfalo que só queria ficar abraçado. Thaís Laham Morello. Carochinha.
Que cabelo é esse, Bela?.
Simone Mota. Editora do Brasil.
O Deus dinheiro. Karl Marx.
Boitatá/Boitempo.
Resenha na edição 11
Fábulas por telefone. Gianni Rodari. WMF Martins Fontes
Alto, baixo, num sussurro.
Romana Romanyshyn & Andriy Lesiv. Editora do Brasil.
Resenha na edição 16
A parte que falta encontra
o Grande O. Shel Silverstein. Companhia das Letrinhas.
O urso que não era. Frank Tashlin. Boitempo.
Vovó veio do Japão. Janaina
Tokitaka, Raquel Matsushita,
Mika Takahashi & Talita Nozomi. Companhia das Letrinhas.
Resenha na edição 16
Matéria publicada na edição impressa #19 dez.18/fev.19 em novembro de 2018.