Sem Amazônia, sem democracia

Refletir sobre a crise climática hoje envolve necessariamente trazer a Amazônia para o centro do debate. E não é para menos, a Amazônia é a maior floresta tropical do mundo, abriga 25% de toda a biodiversidade terrestre, está presente em sete países da América do Sul, ocupa 55% do território brasileiro e é habitada por centenas de etnias e comunidades originárias. 

Além de ser um território multinacional e pluricultural, o bioma amazônico cumpre funções fundamentais para a regulação do clima global. Como exemplos, pode-se citar a estocagem de gás carbônico e a definição dos regimes de chuva.

Não é difícil entender por que a Amazônia é importante para o Brasil e para o mundo. Mesmo assim, seu passado e presente estão marcados pela exploração permanente dos recursos naturais, pela destruição ambiental e pelo extermínio de populações nativas e originárias. 

O lema “a Amazônia é nossa”, criado na ditadura militar, revela a mentalidade predatória e colonizadora sobre esse território. Revestida de uma rétorica nacionalista, essa máxima  coloca em lados opostos o desenvolvimento nacional e os modos de vida dos povos da floresta.

Mas como superar a lógica extrativista e ir na contramão da economia da destruição? A escritora e jornalista Eliane Brum e o pesquisador associado do Imazon Carlos Souza apontam caminhos possíveis em direção a uma compreensão mais profunda da relação entre humanidade e natureza. 

O Revoar é publicado semanalmente, às quintas-feiras, sempre no começo do dia. A temporada Crise Climática e Democracia é apresentada por Joana Setzer e Conrado Hubner, com produção da Rádio Novelo.

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