Literatura infantojuvenil,
O papel do livro ilustrado
Em sua sexta edição, o nosso Especial Infantojuvenil busca explicar por que o livro para crianças se afirma como forma artística única
30set2023 | Edição #74Em sua sexta edição, o nosso Especial Infantojuvenil busca explicar por que o livro para crianças se afirma como forma artística única, que possivelmente vive seu apogeu nos dias de hoje. A despeito de toda a ideologia da digitalização e das sucessivas crises do mercado editorial, o livro para crianças permanece como um objeto imprescindível para a formação de leitores e cidadãos.
Mais do que isso, tornou-se um campo fértil de experimentação para autores, ilustradores, livreiros e editores. Edições recentes têm forçado os limites tradicionais da encadernação, da impressão, da própria página e da linguagem única do livro ilustrado, somatória de imagem, palavra e objeto gráfico.
O bom momento editorial coincide com a renovação da crítica de literatura infantojuvenil na universidade e com novas livrarias e novos festivais literários voltados para crianças. Essas metamorfoses do livro estão registradas nas próximas páginas e também na primeira edição d’A Feirinha do Livro, de 10 a 12 de novembro na praça Charles Miller, em São Paulo.
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