Fósforo

Seis contos inéditos da autora argentina, vencedora dos prêmios Juan Rulfo e Casa de Las Américas e finalista do Man Booker Prize. A autora do romance Kentukis e da coletânea Pássaros na boca (ambos publicados no Brasil pela Fósforo) cria personagens pouco exploradas na literatura, como animais e mulheres idosas, que surgem em histórias inquietantes e de clima tenso. Os contos investigam os limites entre o bem e o mal e como um pode conter o outro.

Ensaio do escritor e jornalista sobre a chegada a culinária sírio-libanesa no Brasil

A linguista argentina, convidada d’A Feira do Livro 2025, discute aspectos da cultura e da história da Rússia por meio de uma seleção de palavras iniciadas com as 33 letras do alfabeto russo, baseado no sistema cirílico. Os vocábulos catapultam a autora para universos tão díspares quanto o do cotidiano na União Soviética, o das lições dos contos de fadas regionais e o das figurações do inverno nas artes do país.

O jornalista Marcelo Leite avança sua investigação sobre psicodélicos nesta obra sobre a jurema-preta, árvore típica do Nordeste brasileiro cuja casca serve de matéria-prima para a bebida sagrada da religião antigamente conhecida como catimbó. O autor é voluntário de experimentos científicos e viaja a diversas cidades para explicar a importância da planta na história e na sociedade brasileiras, além de narrar como a presença de um composto psicodélico também encontrado na ayahuasca fez do vegetal um aliado promissor no tratamento da depressão.

Relato da juventude da escritora francesa agraciada com o Nobel de Literatura em 2022. Percorrendo íntima e profundamente as próprias memórias do verão de 1958, Ernaux narra como um trauma progrediu para um transtorno alimentar, seu despertar para o feminismo e diversos outros fatos históricos e experiências que transformaram sua perspectiva sobre a época.

Trecho:

“Passaram-se mais de dez anos, onze verões a mais, somando cinquenta e cinco anos de intervalo desde o verão de 1958, com guerras, revoluções, explosões de centrais nucleares, tudo aquilo que já está em vias de esquecimento.

O tempo que tenho pela frente está diminuindo. Haverá um último livro, necessariamente, como há um último amante, uma última primavera, mas nenhum indício de qual será. A ideia de que eu poderia morrer sem ter escrito sobre ela, que muito cedo chamei de “a menina de 58”, me assombra. Um dia não haverá mais ninguém para se lembrar. Aquilo que essa menina, e não outra, viveu continuará sem explicação, terá sido vivido em vão.”

Leia mais um trecho do livro

Em seu romance de estreia, o poeta paulista mescla lirismo, realismo mágico e influências da oralidade para descrever a solidão de dois irmãos órfãos em uma cidade interiorana.

A divulgadora científica autora de A inteligência das aves (Fósforo, 2022) explora o universo
das corujas, desde o fascínio milenar que desperta na humanidade até os dados sobre o comportamento do animal.

Edição ampliada da obra de 1997, em que a escritora e professora da Universidade Columbia investiga como algumas práticas e estruturas do período escravista nos EUA persistiram mesmo após a abolição. Junto a documentos e relatos, Hartman analisa os novos mecanismos de dominação e opressão racial que decorrem do apagamento da memória coletiva e da distorção da história nacional.

A escritora, roteirista e colunista da Folha de S.Paulo traça uma espécie de retrato autobiográfico, em que percorre seu caminho de ascensão social na elite paulistana. No 134º episódio do podcast 451 MHz, a autora de Você nunca mais vai ficar sozinha (Companhia das Letras, 2020) também contou com humor e ironia sobre as controvérsias de debochar da elite da qual passou a fazer parte—e que já lhe despertou raiva, inveja e fascínio.

Livro de estreia da jornalista e professora gaúcha, em que aborda a função dos diários na literatura, enquanto traça um panorama histórico pelo subgênero e reflete sobre sua associação costumeira ao universo feminino. Pensando no formato como uma transformação da literatura no século 20, Fagundez intercala sua pesquisa sobre textos de Sylvia Plath, Susan Sontag, Virginia Woolf, entre outras, às experiências com o próprio diário.