Breve história de Paraty

A data da fundação de Paraty é desconhecida: alguns historiadores acreditam que os primeiros portugueses chegaram à região em 16 de agosto de 1531, durante a viagem de Martim Afonso de Souza a São Vicente; já outros creem que a fundação teria ocorrido em 25 de outubro de 1596, com a expedição de Martim Correa de Sá. O certo é que, no início do século 17, havia um pequeno núcleo populacional no morro de São Roque, que em 1640 foi transferido para o atual centro da cidade, numa área cedida em 1635 por Maria Jácome de Melo. Em 1660 os moradores de Paraty exigem a separação de Angra dos Reis, e em 28 de fevereiro de 1667 ela é elevada a vila.

Por volta de 1720, Paraty tinha menos de cinquenta casas de taipa, mas cresceu por ser porta de entrada para as minas de ouro. A vila se ressentiu da abertura de um novo caminho ligando Minas ao Rio, em 1767, e da retração das atividades garimpeiras, no final do século. Em 1790, com 392 casas e 6.622 habitantes, seus produtores priorizam a produção de aguardente, usado na compra de escravizados africanos (em 1799, a vila chegou a ter 155 alambiques). No início do século 19, o caminho de Paraty ao planalto voltou a ser muito trilhado devido à expansão do café. Em 1844, Paraty foi elevada a cidade e, em 1851, passou a abrigar 16 mil habitantes. 
Contudo, com a construção da ferrovia pelo Vale do Paraíba, que desviou o transporte de bens para o Rio de Janeiro, Paraty decaiu: sua população diminuiu para 9.360 habitantes em 1950. Tal despovoamento permitiu a preservação da arquitetura local, e, em 1958, a cidade se tornou patrimônio histórico e artístico nacional. Sua economia retomou o crescimento baseada no turismo: a população passou de 12.023 habitantes, em 1960, para 37.533 habitantes, em 2010.