Rebentos,
Leitores de carteirinha: junho 2025
Jovens frequentadores de bibliotecas comunitárias resenham seus livros preferidos
12jun2025 | Edição #94Maria Clara Lodea Viezze, 18 — Canela (RS)
Akapoeta. Para ressignificar um grande amor.
Ilustrações de Anália Moraes
Paralela • 184 pp • R$ 69,90
Para ressignificar um grande amor é um livro que, apesar de possuir 184 páginas, e parecer longo, é uma leitura rápida, os poemas são curtos e o ritmo de leitura é rápido. A história contada através dos poemas é envolvente, comovente e muito linda.
O livro escrito por João Doederleim, mais conhecido como Akapoeta nas redes sociais, é como uma carta aberta para Matilda, o seu grande e último amor. Durante o andamento da leitura pequenas introduções são feitas antes dos poemas, o mais interessante é a apresentação dos poemas, parece um dicionário, a palavra escrita na página tem uma definição que não é a dos dicionários convencionais, mas sim a que a vida nos ensina.
Desde a dedicatória do livro até a última página fui tocada intensamente, Akapoeta deixa como dedicatória o seguinte trecho: “Dedicado a todos os amores e plantas que morreram por falta de cuidado humano. Todas as plantas deveriam morrer de velhice… e todos os amores também.” assim já pude sentir o que viria pela frente.
As ilustrações presentes no livro levam os leitores para um caminho que direciona sua imaginação e interpretação, as cores escolhidas fazem o mesmo, imaginei Matilda com todas as características que o livro apresenta, principalmente seu cabelo rosa.
A mensagem que o livro transmite foi clara para mim, a vida continua mesmo após o fim de um amor, e para isso, basta ressignificá-lo.
Durante a leitura senti e revivi toda a dor e esperança vivida pelo eu lírico, minhas feridas foram tocadas, chorei muito, revivi minhas dores e por fim, trouxe novos significados para a vida.
Recomendo a leitura para os que se consideram fortes o bastante para enfrentar a dor de sentir, mesmo sem ter experienciado as situações, o que o livro transmite, mas também recomendo para aqueles que se consideram fracos, enfrentem seus medos e desafiem-se, a vida é dolorosa, mas pode ser ressignificada.
Matéria publicada na edição impressa #94 em junho de 2025.
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