Leitores de carteirinha: dezembro 2023

Laura Beatriz dos Santos Pedreira, 15 — Salvador (BA)

Sarah J. Maas. Trono de vidro.
Tradução de Bruno Galiza, Lia Raposo, Rodrigo Santos e Mariana Kohnert • Galera Record • 392 pp • R$ 59,90

Adarlan, um país cheio de desigualdades e calúnias. Um rei tirano e cruel, e um povo pobre que busca a libertação. Um país onde a magia, que dominava o lugar, agora não mais existe, após todos os seres mágicos misteriosamente terem sido extintos.

Celaena Sardothien, uma jovem de 18 anos, a assassina mais famosa de Adarlan, é levada às minas de sal após ser capturada. Após um ano de trabalhos forçados, ela recebe uma proposta do príncipe Dorian. Para reaver a liberdade, terá de participar de um campeonato onde lutará para se tornar a campeã do rei — a assassina real.

Para recuperar a sua liberdade, ela terá de lutar para se tornar a campeã do rei

Caso não aceite a oferta, voltará ao trabalho forçado. Celaena não é a única a receber tal proposta, pois seus adversários são assassinos, guerreiros e ladrões. A competição consiste em etapas que testam habilidades de luta, pontaria, resistência, e os oponentes serão eliminados um a um. Se vencer a competição, ela servirá ao rei por quatro anos, após os quais sua liberdade será restituída.

O príncipe mostra interesse por ela, chegando a lhe dar uma cachorrinha de estimação. Tudo fica mais intrigante quando Celaena percebe símbolos mágicos no castelo de vidro. À medida que a competição segue, coisas estranhas acontecem; os corpos de diversos competidores são achados mortos de maneira brutal. Confrontos e desconfianças se sucedem: “Eu sou Celaena Sardothien e não terei medo”.

Danieli da Silva, 12 — Paraty (RJ)

André Rodrigues, Larissa Ribeiro, Paula Desgualdo e Pedro Markun. Eleição dos bichos.
Companhia das Letrinhas • 48 pp • R$ 52,90

Li esse livro na Biblioteca Terra e Mar e gostei muito, porque eu não sabia como funcionavam as eleições. Ele conta um pouco sobre a floresta e diz que os bichos não estavam satisfeitos com o rei Leão: ele queria uma piscina com a água do rio e, com o desvio que fizeram, a bicharada ficou sem água. Eles então se juntam e formam uma manifestação para dizer que não estavam satisfeitos e depois sugerem adotar uma democracia, onde todos podem se eleger presidente da floresta e assim acabar com o reinado do Leão, onde só ele dava as ordens.

Regras eleitorais

De início eu não sabia como funcionavam as eleições e ficava muito confusa com as regras. Como ainda tenho 12 anos, eu não pensava tanto nisso, já que ainda não tenho direito de votar, mas futuramente eu precisarei votar e eleger o melhor candidato para minha cidade, meu estado e meu país. 

Eu recomendo esse livro porque ele é infantil e simples de entender, então as crianças desde pequenas poderão saber como são feitas as eleições e como é bom ter uma democracia.

O livro aborda também os candidatos e suas características, e a gente vai gostando mais de um do que do outro. É claro que às vezes a minha opinião não é parecida com a do meu colega, mas isso é legal: quando discutimos podemos chegar a um senso comum — ou não, já que o voto é secreto e individual. Isso me dá mais confiança para futuramente escolher um bom candidato, afinal, todas as discussões de política, eu gostando ou não, não irão prejudicar meu voto já que no fim escolho o melhor. Além disso, não é só na política que podemos votar, para decidir muitas coisas podemos usar as eleições. Na democracia, o mais votado sempre vence.

Nota da redação
A Rede Nacional de Bibliotecas Comunitárias (RNBC) é um dos projetos mais importantes de articulação entre leitores e bibliotecas no Brasil. Publicamos aqui resenhas de livros escolhidos por jovens que frequentam a Biblioteca Comunitária Mané Dendê (BA) e Biblioteca Comunitária Terra e Mar (RJ). Contamos com eles para manter acesa a chama da leitura! Conheça e saiba como apoiar a Rede Nacional de Bibliotecas Comunitárias no site rnbc.org.br, a ong Vaga Lume no site vagalume.org.br e o Instituto Acaia no site acaia.org.br.