Antonio Prata diverte crianças e adultos com histórias reais e fictícias

O Espaço Rebentos d’A Feira do Livro 2025 recebeu na manhã desta quinta-feira (19) um público tão grande que extrapolou os limites do palco infantil do festival literário. O motivo da plateia lotada foi o escritor e cronista Antonio Prata, que participou da mesa Criança bem-humorada ao lado da jornalista Marilia Neustein. 

Também autor de títulos infantojuvenis, Prata divertiu crianças e adultos lendo dois deles: Jacaré, não! e Esconde-esconde, ambos publicados pela Ubu. Durante a leitura, os pequenos e os grandes leitores interagiram completando frases lidas pelo escritor e caíram na risada com os trocadilhos presentes nos livros. 

Os trechos das obras foram intercalados por um bate-papo descontraído com Neustein e o público, no qual Prata revelou a fonte das melhores sacadas dos seus livros: “Meus filhos que me dão as ideias. Vejo o que eles gostam e escrevo como se fosse para eles”.

A mediadora dividiu o microfone com as crianças, que fizeram perguntas variadas ao autor. Desde “quantos anos os seus filhos têm?” até “como as palavras surgem?”. Para essa última, Prata confessou não saber a resposta: “É uma pergunta muito difícil!”, disse, tirando mais risadas de todos que estavam presentes. 

Viagens imaginárias

O poder da imaginação também foi tema da conversa. Prata contou histórias da sua própria infância, entre elas, uma que veio a compor seu acervo de crônicas: “Um tio me disse que se a gente nadasse sempre para a frente, poderíamos chegar na África”. O pequeno Antonio, então, construiu uma prancha com isopor e foi até o mar com objetivo de dar início à sua expedição, que obviamente não terminou na África. Depois que o autor contou o fim da história, Neustein avisou: “Não façam isso, crianças!”. 

O escritor também deu dicas para as crianças que não gostam de ler. Segundo ele, jogar futebol ou brincar de esconde-esconde pode, de fato, ser melhor do que ler compulsoriamente. Para desenvolver o gosto pela leitura, pontuou, ouvir histórias pode ser grande estímulo. “Quando a gente não quer ler, a gente pede para os nossos pais lerem para a gente”, recomendou. 

Outra dica para as crianças (e para os pais) foi descobrir qual o seu gosto de leitura, afinal, ninguém é obrigado a gostar das mesmas coisas. “A Feira do Livro é legal para isso, porque aqui tem um monte de livro diferente”, disse Prata.

A quarta edição d’A Feira do Livro 2025 acontece de 14 a 22 de junho, na praça Charles Miller, no Pacaembu. Realizado pela Associação Quatro Cinco Um, pela Maré Produções e pelo Ministério da Cultura, o festival literário paulistano, a céu aberto e gratuito, reúne mais de duzentos autores e autoras do Brasil e do exterior em uma programação com mais de 250 atividades, entre debates, oficinas, contações de histórias e encontros literários. Confira a programação e outras notícias do festival.