A cobertura especial d’A Feira do Livro, que acontece de 14 a 22 de junho, é apresentada pelo Ministério da Cultura e pela Petrobras
MINISTÉRIO DA CULTURA E PETROBRAS APRESENTAM
A FEIRA DO LIVRO 2025, Festival literário,
A Feira do Livro entra para o calendário oficial de São Paulo
Medida foi sancionada pelo prefeito Ricardo Nunes, reforçando a relevância do evento para a capital paulista
18jun2025A Feira do Livro agora integra o calendário oficial da cidade de São Paulo. Em seu quarto ano consecutivo, o festival literário que em 2025 acontece de 14 e 22 de junho na praça Charles Miller, no Pacaembu, será sempre realizado no feriado de Corpus Christi e dias próximos. É o que determina a Lei 18.274/2025, sancionada nesta terça-feira (17) pelo prefeito Ricardo Nunes (MDB). O projeto de lei que previa a incorporação d’A Feira do Livro ao calendário oficial da capital, de autoria das vereadoras Renata Falzoni (PSB), Marina Bragante (Rede) e Keit Lima (PSOL), tinha sido aprovado na Câmara Municipal em 28 de maio e dependia da medida do prefeito para entrar em vigor.
Segundo a nova a lei municipal, o festival literário paulistano passa a fazer parte da agenda de eventos da cidade “com o objetivo de promover evento cultural composto por feira de livros com bibliodiversidade de expositores, debates e mesas literárias com nomes consagrados e expoentes da literatura, oficinas educativas e lúdicas sobre a cultura do livro e a leitura, promovendo o desenvolvimento econômico e social do mercado editorial, em cooperação com os órgãos competentes”.
Mais do que mera formalidade, a incorporação ao calendário é não só simbólica, pois representa a valorização de um projeto ao ar livre, gratuito, focado nos livros, como também tem efeitos práticos ao facilitar a captação de recursos e a reserva da data (incluindo os dias do feriado de Corpus Christi) e do espaço público. “Essa medida é importante para a continuidade de um evento necessário para a cidade. Além disso, ajuda a garantir a praça Charles Miller, e a conexão com o Pacaembu e o Museu do Futebol”, afirma Renata Falzoni, que também destinou uma emenda de R$ 200 mil para o evento, a ser usada em serviços de infraestrutura.
Vale lembrar que o festival é realizado no local onde funciona um estacionamento público que, por alguns dias, tem sua função modificada em prol de atividades culturais. “A Feira do Livro é um evento que promove a ocupação do espaço público e que dialoga com a cidade que a gente quer. A gente quer uma cidade com menos carros e mais livros, em que os livros façam parte do nosso cotidiano. O evento traz para São Paulo uma experiência cultural e cidadã que a gente espera que repercuta na vida das pessoas”, afirma Paulo Werneck, diretor da Associação Quatro Cinco Um, que organiza o festival literário com a Maré Produções desde 2022.
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O texto de justificativa do projeto de lei apontou ainda que “A Feira do Livro de São Paulo também se alinha aos objetivos do Plano Municipal do Livro, Leitura, Literatura e Biblioteca, promovendo o acesso à leitura como direito fundamental do cidadão, valorizando a literatura enquanto expressão artística e incentivando a formação de novos leitores. Além disso, o evento contribui para a economia local ao atrair visitantes de diversas regiões do país e até do exterior, movimentando o comércio e a rede de serviços da cidade”.
Além da entrada para o calendário oficial, A Feira tem pela primeira vez o patrocínio da Secretaria Municipal de Cultura, além de contar com apoio das Secretarias de Educação, da Pessoa com Deficiência e do Esporte e Lazer. “Isso mostra como o evento tem importância para a cidade como um todo, não apenas para o mercado literário”, ressalta Mariana Shiraiwa, diretora executiva da Associação Quatro Cinco Um.
Diversidade
Gratuito e realizado em praça pública, o festival literário mira a diversidade. “Considero A Feira um dos eventos mais importantes da cidade de São Paulo, sem dúvida, e espero que o prefeito sancione a entrada no calendário nos próximos dias. Ela já está consolidada, com intensa participação popular, fortalecendo a economia criativa”, observa a vereadora Keit Lima. “Os livros têm impacto direto na vida de pessoas pobres, periféricas e faveladas, é a partir deles que a gente consegue ser crítico e ir para outros imaginários.”
O espaço para o diálogo é também ressaltado por Marina Bragante. “É muito legal ter a oportunidade de reconhecer a importância da cultura e do debate. O festival tem uma curadoria progressista, mas não polemista. É uma construção não focada no like e sim na reflexão. Tudo isso fez diferença na hora de aprovar o projeto de lei”, afirma a vereadora. O objetivo é alcançar o público mais amplo possível, acrescenta Mariana Shiraiwa. “Não queremos ficar fechados num só nicho. A Feira atua no campo progressista, mas também sustenta o apartidarismo. Vamos conversar com todos que estiverem dispostos ao diálogo.”
A Feira do Livro 2025 · 14 — 22 jun. Praça Charles Miller, Pacaembu
A Feira do Livro é uma realização do Ministério da Cultura, por meio da Lei Rouanet – Incentivo a Projetos Culturais, Associação Quatro Cinco Um, organização sem fins lucrativos dedicada à difusão do livro e da leitura no Brasil, Maré Produções, empresa especializada em exposições e feiras culturais, e em parceria com a Prefeitura de São Paulo.
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