Lutos finitos e infinitos
Christian Dunker
Editora Paidós // 488 pp • R$ 119,90/79,90
Professor titular de psicologia da USP analisa o trabalho do luto – o processo de recomposição, simbolização e introjeção da perda (de uma pessoa, de um emprego, de uma época, de um sonho). Segundo Dunker, o luto é uma experiência solitária, terminada quando se interliga com outros lutos, próprios e alheios, que se reúnem e se rearticulam envolvendo reparações e mudanças.
Trecho da introdução
Essa é a ideia central deste livro. Um luto termina quando a perda se integra em uma cadeia de lutos que o precedeu e o tornou possível. Essa tarefa pode se afigurar terminável para alguns e infinita para outros. Assim como a análise, que apresenta um tempo terminável e interminável, o luto também é uma experiência de conexão e desconexão entre separações, envolvendo reparações e transformações futuras, e não apenas passadas. Mas uma análise interminada não pode ser confundida com a análise infinita. Aliás, uma das conquistas de uma análise bem terminada é a consciência de que toda análise é infinita.