A farsa da boa preguiça
Suassuna, Ariano
ILS. Manuel Dantas Suassuna Editora Nova Fronteira // 272 pp • R$ 49,90
Peça de 1961, pela qual foi muito criticado na época: “Não defendo indiscriminadamente a preguiça — coisa que, aliás, não poderia fazer, pois ela é um dos “sete vícios capitais” [...]. Na verdade, o elogio que eu queria fazer na peça era, em primeiro lugar, o do ócio criador do poeta [...]. Nós, povos castanhos do mundo, sabemos, ao contrário, que o único verdadeiro objetivo do trabalho é a preguiça que ele proporciona depois, e na qual podemos nos entregar à alegria do único trabalho verdadeiramente digno, o trabalho criador, livre e gratuito. Os poetas e os artistas têm a sorte de poder unir o trabalho escravo e o trabalho criador numa só atividade”