
Listão da Semana,
Marcelo Rubens Paiva está aqui (de novo)
Em O novo agora, o autor de Feliz ano velho e Ainda estou aqui fala de sua experiência como pai e do fim de seu casamento
24abr2025Ele já escreveu best-sellers que contam de sua juventude, do pai, Rubens, e da mãe, Eunice Paiva. Em O novo agora, o autor de Feliz ano velho e Ainda estou aqui fala de sua própria experiência como pai e do fim de seu casamento. O novo romance de Marcelo Rubens Paiva chega esta semana às livrarias.
Também na seleção da semana: a produção em prosa da poeta Alejandra Pizarnik; a nova edição do primeiro romance de Elvira Vigna; um alerta de Günther Anders sobre o armamento nuclear; um ensaio sobre a opressão racial nos EUA, de Saidiya Hartman; um romance de formação de Halldór Laxness; um romance histórico da iraniana Nahal Tajadod; um livro sobre a arte e a cidade de Siena, de Hisham Matar; e mais novidades quentinhas.
Veja os lançamentos de semanas anteriores.
O novo agora. Marcelo Rubens Paiva.
Alfaguara // 272 pp // R$ 79,90
Mais Lidas
Nesta sequência autobiográfica de Feliz ano velho (1982) e Ainda estou aqui (2015) — adaptado para o cinema e vencedor do Oscar 2025 de Melhor Filme Estrangeiro —, o vencedor do Jabuti alterna a narração entre as memórias de infância e ao lado da família e sua própria experiência como pai. Mesclando humor e melancolia, Paiva tece um retrato da paternidade, da pandemia de Covid-19 e do fim de seu casamento em meio às recentes crises do país.
Assinantes da Quatro Cinco Um têm 25% de desconto no site do Companhia das Letras. Conheça o Clube de Benefícios 451.
Prosa completa. Alejandra Pizarnik.
Trad. Nina Rizzi e Paloma Vidal // Relicário // 348 pp // R$ 105
O volume reúne outro lado da produção literária da autora de O inferno musical, conhecida principalmente por sua obra poética. Esta antologia reúne ensaios, entrevistas, peças teatrais, resenhas e relatos pessoais, em uma amostra da extensão da obra da escritora argentina para além da poesia.
“Um conhecido filósofo inclui os gritos na categoria do silêncio. Gritos, suspiros, imprecações, formam uma “substância silenciosa”. A desse subsolo é maléfica. Sentada em seu trono, a condessa assiste à tortura e ouve gritos. Suas velhas e horríveis criadas são figuras silenciosas que trazem fogo, facas, agulhas, atiçadores; torturam garotas e depois as enterram. Como o atiçador ou as facas, essas velhas são instrumentos de uma possessão. Esta cerimônia sombria tem apenas uma espectadora silenciosa.”
Trecho de Alejandra Pizarnik “Prosa completa”
Saiba mais sobre o livroAssinantes da Quatro Cinco Um têm 20% de desconto no site da Relicário. Conheça o Clube de Benefícios 451.
Sete anos e um dia. Elvira Vigna.
Posf. Alexandre Vidal Porto // Companhia das Letras // 184 pp // R$ 79,90
Nova edição do primeiro romance da escritora e desenhista carioca Elvira Vigna (1947-2017), no qual a vencedora dos prêmios Oceanos e APCA narra o período de sete anos da vida de um grupo de personagens vivendo as consequências da ditadura no Brasil, no início dos anos 80.
Em resenha para a Quatro Cinco Um, o editor e jornalista Schneider Carpeggiani escreve: “Sete anos e um dia, enfim, é relançado pela Companhia das Letras. No posfácio da nova edição, o escritor Alexandre Vidal Porto ressalta a impressão de uma travessia lenta, empacada, vivida pelos personagens na qual encontro alguns paralelos no que enfrentamos agora, em 2025”.
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Hiroshima está em toda parte. Günther Anders.
Trad. Claudia Abeling // Posf. Paulo Arantes // Elefante // 480 pp // R$ 120
Reúne três textos do filósofo, jornalista e ensaísta alemão Günther Anders (1902-92), nos quais elabora seu posicionamento contra o armamento nuclear. Nos textos escritos entre 1958 e 1964, o pensador alerta sobre a destruição permanente causada por bombas nucleares, semelhantes às que atingiram Hiroshima e Nagasaki ao final da Segunda Guerra, reflete sobre as sombras do totalitarismo que rondam a questão e faz uma defesa da liberdade e um apelo contra o extermínio da humanidade.
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Cenas da sujeição: terror, escravidão e criação de si na América do século 19. Saidiya Hartman.
Trad. Fernanda Silva e Sousa e Marcelo R. S. Ribeiro // Apres. Keeanga-Yamahtta Taylor // Fósforo // 528 pp // R$ 129,90
Edição ampliada da obra de 1997, em que a escritora e professora da Universidade Columbia investiga como algumas práticas e estruturas do período escravista nos EUA persistiram mesmo após a abolição. Junto a documentos e relatos, Hartman analisa os novos mecanismos de dominação e opressão racial que decorrem do apagamento da memória coletiva e da distorção da história nacional.
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Os peixes também sabem cantar. Halldór Laxness.
Trad. Luciano Dutra e Francesca Cricelli // Zain // 340 pp // R$ 84,90
Romance de formação do vencedor do Nobel de Literatura em 1955, percorre as paisagens da Islândia e a vida cotidiana na Reykjavík do começo do século 20 por meio de um menino órfão criado pelos avós. Aqui, Laxness reflete sobre pertencimento e a construção da sabedoria tradicional islandesa.
O faminto. Nahal Tajadod.
Trad. Régis Mikail // Ercolano // 176 pp // R$ 98
Primeiro romance histórico da escritora iraniana traduzido para o português, reconstrói o encontro entre Rumi, poeta e teólogo sufi persa do século 13, e o sábio dervixe Shams de Tabriz, narrando a trajetória de aprendizado e amizade que transformou a poesia mundial.
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Um mês em Siena. Hisham Matar.
Trad. Odorico Leal // Âyiné // 136 pp // R$ 109,90
Vencedor do Pulitzer pelo autobiográfico O retorno (Âyiné, 2022), o escritor britânico-líbio conta de seu período como estudante em Londres e o primeiro contato com a pintura da Escola de Siena entrelaçado à viagem de trinta dias feita 25 anos depois pela cidade-berço dessa tradição artística. Aqui, Matar une a contemplação da arte às reflexões que ela suscita sobre o entendimento do mundo e a capacidade humana de superar dores e traumas.
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+ novidades quentinhas
Juventude negra e a revolução dos afetos. Stephanie Lima.
Autêntica // 144 pp // R$ 49,80
Com foco nas políticas de cotas na área acadêmica, a cientista social e pesquisadora aborda a afetividade como um instrumento de resistência política da juventude negra brasileira.
Pinturas. Victor Segalen.
Org. e trad. Flávia Falleiros // Iluminuras // 136 pp // R$ 79
A prosa poética sui generis do etnógrafo, arqueólogo e linguista francês Victor Segalen (1878-1919), em tradução inédita de professora da UNESP.
Contraideologia da mestiçagem. Eduardo de Oliveira e Oliveira.
Org. Rafael Petry Trapp // Zahar // 192 pp // R$ 89,90
O volume reúne pela primeira vez no país a obra do sociólogo, dramaturgo e ativista pelos direitos do povo negro Eduardo de Oliveira e Oliveira (1924-1980), com textos publicados originalmente nos anos 60 e 70.
A astrologia de Liv Strömquist. Liv Strömquist.
Trad. Kristin Lie Garrubo // Quadrinhos na Cia // 184 pp // R$ 99,90
A artista e quadrinista sueca examina com humor a influência da astrologia e dos astros na história da humanidade.
Helter Skelter: a história real de Charles Manson. Vincent Bugliosi e Curt Gentry.
Trad. Eduardo Alves // Darkside // 752 pp // R$ 149,90
Gentry e Bugliosi — o historiador e o promotor responsável por levar Charles Manson e seus seguidores ao tribunal, respectivamente — traçam um panorama da seita liderada por Manson nos EUA durante os anos 60.
Porque você leu Listão da Semana
E as elites, hein?
Em A boba da corte, que chega às livrarias, Tati Bernardi debocha da elite e suas convenções, sem poupar a si própria, com ironia fina e humor
ABRIL, 2025