Carnaval de livros

Para carnavalescos e/ou leitores onívoros, selecionamos lançamentos ligados aos festejos — incluindo os do Equador, no romance premiado de Yuliana Ortiz Ruano, Febre de carnaval. Também na seleção, um livro ilustrado sobre o samba de roda; biografias de carnavalescos organizadas por Luisa Duarte e Miguel Pinto Guimarães; um romance sobre o carnaval carioca do suíço Pierre Cormon; fotos imaginárias das festas no século 19, de Pedro Garcia de Moura; uma pesquisa sobre os blocos cariocas; a diversidade LGBTQIAPN+ no Carnaval de Salvador e um infantojuvenil sobre as baianas da escola Império da Casa Verde.

Veja os lançamentos de semanas anteriores.

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Febre de carnaval. Yuliana Ortiz Ruano.
Trad. Larissa Bontempi // Bazar do Tempo // 152 pp // R$ 74

O primeiro romance da poeta equatoriana acompanha as descobertas de uma menina após uma noite de Carnaval na província de Esmeraldas, Equador, e a dura experiência da passagem da infância à pré-adolescência em meio às violências vividas por mulheres pretas.

Assinantes da Quatro Cinco Um têm 20% de desconto no site da Bazar do Tempo. Conheça o Clube de Benefícios 451.

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Samba de roda. Juliana Barreto Farias e Gabriel Gabiru.
Veneta // 64 pp // R$ 49,90

Com ilustrações do professor e designer, a professora e especialista em história da África e da diáspora africana conecta o presente ao passado do Recôncavo Baiano. Por meio de uma matriarca das comunidades que regem o Samba de Roda, o texto de Juliana Barreto Farias e as ilustrações do professor e designer Gabriel Gabiru descrevem o estilo musical e a ancestralidade da dança que mescla influências portuguesas e africanas.

Leia também: Sem samba não dá—Relançamentos e estudos evocam a memória dispersa e fragmentada de um gênero em permanente transformação

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Pra tudo se acabar na quarta-feira: grandes criadores do Carnaval. Luisa Duarte e Miguel Pinto Guimarães (Orgs.). Apres. Luiz Antonio Simas // Capivara // 386 pp // R$ 190

A curadora e crítica de arte e o arquiteto e escritor compilam uma série de artigos biográficos e analíticos sobre dezesseis carnavalescos brasileiros, como Joãosinho Trinta, Rosa Magalhães e Milton Cunha, entre outros. A edição bilíngue traz ainda um panorama das vitórias conquistadas e inovações trazidas por esses carnavalescos, com mais de duzentas fotos e croquis, além de uma cronologia e apresentação do escritor, historiador e professor Luiz Antonio Simas.

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O grande dia: uma micro-odisseia carnavalesca. Pierre Cormon
Quixote+Do // 268 pp // R$ 58

O jornalista e escritor suíço entrelaça a trajetória de três mulheres cariocas vivendo o carnaval no Rio de Janeiro, enquanto enfrentam os desafios da vida cotidiana que esbarram em suas expectativas quanto à festa, como racismo e violência, mas também amor e planos imprevistos.

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Carnavais artificiais. Pedro Garcia de Moura.
Afluente // 212 pp // R$ 330

O fotógrafo carioca, conhecido como Cartiê Bressão, reúne imagens fantasiosas do carnaval do Rio de Janeiro. Por meio de um software de IA, o finalista do Jabuti mescla fotografias reais e referenciais da arte e do cinema para imaginar as festas momescas do século 19 e futuros possíveis que unem humanos e robôs no carnaval.

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Os blocos do carnaval carioca: o que são, o que dizem que são, o que podem ser e o que não são mais, pois já foram. Tiago Ribeiro. Multifoco // 444 pp // R$ 69,90

Pesquisa do jornalista e professor sobre os blocos de carnaval da cidade do Rio de Janeiro, desde suas origens e influências recebidas das escolas de samba, até sua organização atual. No ensaio, Ribeiro apresenta os blocos como espaço de manifestação, festa e ponte entre o povo e a política, moda, comunicação e cultura popular.

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Carnaval de Salvador: inclusão e diversidade LGBTQIAPN+ na folia em 2024. Marcelo Cerqueira.
Clube de Autores // 126 pp // R$ 53

O ativista e coordenador de Políticas de Promoção da Cidadania LGBT+ de Salvador explora como o carnaval da cidade se tornou um espaço e evento de celebração e resistência. Por meio de análises sobre o desenvolvimento municipal, reflete sobre a diversidade, a liberdade e a pluralidade impulsionadas pelo Carnaval.

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A menina que queria rodar a baiana. Tiago Freitas.
Ils. Orádia Porciúncula // Cortez // 40 pp // R$ 57

Inspirados pela história da baiana Bah e sua neta — baianas da escola Império de Casa Verde —, o sambista, professor e pesquisador do Carnaval e a ilustradora carioca narram o funcionamento, a história e a importância das escolas de samba a partir de uma garotinha que descobre o universo do Carnaval.

Leia também: Livro ilustrado coloca na rua as cores e os movimentos dos Filhos de Gandhy, um dos mais antigos afoxés do Carnaval baiano