Dezembro chegou com o clássico Os Melhores Livros do Ano

451,

Dezembro chegou com o clássico Os Melhores Livros do Ano

01dez2024

A Quatro Cinco Um de dezembro traz o clássico especial dos melhores livros do ano. Cento e oito colaboradores da revista escolheram, sem listas ou debates preliminares, os lançamentos do mercado editorial que mais fizeram sua cabeça (ou coração). Entre os preferidos, o ‘épico escalafobético’ da poeta pernambucana Adelaide Ivánova, a coletânea de contos de Odorico Leal, o panorama de Ligia Gonçalves Diniz acerca da infelicidade masculina e o infantojuvenil de Itamar Vieira Junior; todos resenhados na edição por Odorico Leal, Nara Vidal, Guilherme Pavarin e Aparecida Vilaça, respectivamente. Arte da capa: Talita Hoffmann.

Mário de Andrade na praia do Chapéu Virado, Belém, em maio de 1927. O diário da viagem à Amazônia deu origem a O turista aprendiz. Fernando Luna escreve sobre a nova edição do clássico, publicada pela Tinta-da-China Brasil com apresentação de Flora Thomson-DeVeaux (Fundo Mário de Andrade/Acervo IEB-USP/MA-F-0175)

A edição traz ainda resenhas do novo romance histórico (com pitadas de literatura fantástica) do moçambicano Mia Couto, por Guilherme Magalhães; de cinco livros que desafiam o senso comum, por Paulo Roberto Pires; do quadrinho brasileiro histórico e espécie de Ulysses do gênero, por André Toral; do romance de Édouard Louis que retoma as transformações da própria mãe, por Felipe Charbel; dos contos paradoxais e utópicos de Yukio Mishima, por João Silvério Trevisan; e uma entrevista com Flora Thomson-DeVeaux sobre as múltiplas facetas de Mário de Andrade em seu diário de viagem pela Amazônia, por Fernando Luna.

O jornalista e escritor Tiago Rogero (Lipe Borges/Divulgação)

Mais na edição #88: uma resenha do livro-reportagem do jornalista Tiago Rogero, também votado nos melhores do ano; uma entrevista com o escritor pernambucano Marcelino Freire; textos sobre a fuga de 38 prisioneiras no Uruguai e o apagamento histórico de mulheres na resistência política, a ligação entre a ditadura militar e a tortura nas favelas brasileiras, e a primeira geração de psicanalistas que estudaram as dissidências sexuais e de gênero.

Improvisation No. 30 Cannons, de Wassily Kandinsky (Arthur Jerome Eddy Collection/Reprodução)

+ colunas: Djaimilia Pereira de Almeida medita sobre a representatividade e as definições na literatura; Humberto Brito reflete sobre a maturidade literária a partir de A metamorfose, de Kafka; Ondjaki escreve uma carta sobre as ruínas — físicas e subjetivas — deixadas pelo conflito na Palestina; Bianca Tavolari analisa as prioridades da mobilidade e do planejamento urbano descritas em Movimento: como reconquistar nossas ruas e transformar nossas vidas; e Renato Parada fotografa a escritora e roteirista Beatriz Bracher.

A edição traz destacados vinte livros e um listão com 107 lançamentos em 24 áreas. 

Livros destacados na edição:

  1. Escalavra (Amarcord), de Marcelino Freire.
  2. A nostalgia: quando, afinal, estamos em casa? (Quina), de Barbara Cassin. Trad. Cláudio Oliveira.
  3. No muro da nossa casa (Bazar do Tempo), de Ana Kiffer.
  4. Bobi (Âyiné), de Roberto Calasso. Trad. Pedro Fonseca.
  5. O grande relógio: a que hora o mundo recomeça. Caderno em andamento 1 (Nós), de Silviano Santiago.
  6. Voando para casa e outras histórias (José Olympio), de Ralph Ellison. Trad. André Capilé.
  7. Movimento: como reconquistar nossas ruas e transformar nossas vidas (Perspectiva), de Thalia Verkade e Marco te Brömmelstroet. Apres. Leandro Medrano. Trad. Sonia Nussenzweig Hotimsky.
  8. 38 estrelas: a maior fuga de um presídio de mulheres da história (Relicário), de Josefina Licitra. Trad. Elisa Menezes.
  9. A transição inacabada: violência de Estado e direitos humanos na redemocratização (Companhia das Letras), de Lucas Pedretti. 
  10. A cegueira do rio (Companhia das Letras), de Mia Couto. 
  11. Histórias da margem: lésbicas, gays e os primeiros analistas (Blucher), de Flávia Ripoli Martins.
  12. As aventuras de Nhô Quim ou impressões de uma viagem à Corte: romance ilustrado (Chão), de Angelo Agostini e Cândido Aragonez de Faria. Orgs. Aline dell’Orto e Marcelo Balaban.
  13. O homem não existe (Zahar), de Ligia Gonçalves Diniz.
  14. Asma (Nós), de Adelaide Ivánova.
  15. Nostalgias canibais (Âyiné), de Odorico Leal.
  16. O turista aprendiz (Tinta-da-China Brasil), de Mário de Andrade. Apres. Flora Thomson-DeVeaux.
  17. Monique se liberta (Todavia), de Édouard Louis. Trad. Marília Scalzo.
  18. Morte em pleno verão (Companhia das Letras), de Yukio Mishima. Trad. Andrei Cunha.
  19. projeto Querino: um olhar afrocentrado sobre a história do Brasil (Fósforo), de Tiago Rogero.
  20. Chupim (Baião), de Itamar Vieira Junior e Manuela Navas.