A Quatro Cinco Um de dezembro traz o clássico especial dos melhores livros do ano. Cento e oito colaboradores da revista escolheram, sem listas ou debates preliminares, os lançamentos do mercado editorial que mais fizeram sua cabeça (ou coração). Entre os preferidos, o ‘épico escalafobético’ da poeta pernambucana Adelaide Ivánova, a coletânea de contos de Odorico Leal, o panorama de Ligia Gonçalves Diniz acerca da infelicidade masculina e o infantojuvenil de Itamar Vieira Junior; todos resenhados na edição por Odorico Leal, Nara Vidal, Guilherme Pavarin e Aparecida Vilaça, respectivamente. Arte da capa: Talita Hoffmann.
A edição traz ainda resenhas do novo romance histórico (com pitadas de literatura fantástica) do moçambicano Mia Couto, por Guilherme Magalhães; de cinco livros que desafiam o senso comum, por Paulo Roberto Pires; do quadrinho brasileiro histórico e espécie de Ulysses do gênero, por André Toral; do romance de Édouard Louis que retoma as transformações da própria mãe, por Felipe Charbel; dos contos paradoxais e utópicos de Yukio Mishima, por João Silvério Trevisan; e uma entrevista com Flora Thomson-DeVeaux sobre as múltiplas facetas de Mário de Andrade em seu diário de viagem pela Amazônia, por Fernando Luna.
Mais na edição #88: uma resenha do livro-reportagem do jornalista Tiago Rogero, também votado nos melhores do ano; uma entrevista com o escritor pernambucano Marcelino Freire; textos sobre a fuga de 38 prisioneiras no Uruguai e o apagamento histórico de mulheres na resistência política, a ligação entre a ditadura militar e a tortura nas favelas brasileiras, e a primeira geração de psicanalistas que estudaram as dissidências sexuais e de gênero.
+ colunas: Djaimilia Pereira de Almeida medita sobre a representatividade e as definições na literatura; Humberto Brito reflete sobre a maturidade literária a partir de A metamorfose, de Kafka; Ondjaki escreve uma carta sobre as ruínas — físicas e subjetivas — deixadas pelo conflito na Palestina; Bianca Tavolari analisa as prioridades da mobilidade e do planejamento urbano descritas em Movimento: como reconquistar nossas ruas e transformar nossas vidas; e Renato Parada fotografa a escritora e roteirista Beatriz Bracher.
Mais Lidas
A edição traz destacados vinte livros e um listão com 107 lançamentos em 24 áreas.
Livros destacados na edição:
- Escalavra (Amarcord), de Marcelino Freire.
- A nostalgia: quando, afinal, estamos em casa? (Quina), de Barbara Cassin. Trad. Cláudio Oliveira.
- No muro da nossa casa (Bazar do Tempo), de Ana Kiffer.
- Bobi (Âyiné), de Roberto Calasso. Trad. Pedro Fonseca.
- O grande relógio: a que hora o mundo recomeça. Caderno em andamento 1 (Nós), de Silviano Santiago.
- Voando para casa e outras histórias (José Olympio), de Ralph Ellison. Trad. André Capilé.
- Movimento: como reconquistar nossas ruas e transformar nossas vidas (Perspectiva), de Thalia Verkade e Marco te Brömmelstroet. Apres. Leandro Medrano. Trad. Sonia Nussenzweig Hotimsky.
- 38 estrelas: a maior fuga de um presídio de mulheres da história (Relicário), de Josefina Licitra. Trad. Elisa Menezes.
- A transição inacabada: violência de Estado e direitos humanos na redemocratização (Companhia das Letras), de Lucas Pedretti.
- A cegueira do rio (Companhia das Letras), de Mia Couto.
- Histórias da margem: lésbicas, gays e os primeiros analistas (Blucher), de Flávia Ripoli Martins.
- As aventuras de Nhô Quim ou impressões de uma viagem à Corte: romance ilustrado (Chão), de Angelo Agostini e Cândido Aragonez de Faria. Orgs. Aline dell’Orto e Marcelo Balaban.
- O homem não existe (Zahar), de Ligia Gonçalves Diniz.
- Asma (Nós), de Adelaide Ivánova.
- Nostalgias canibais (Âyiné), de Odorico Leal.
- O turista aprendiz (Tinta-da-China Brasil), de Mário de Andrade. Apres. Flora Thomson-DeVeaux.
- Monique se liberta (Todavia), de Édouard Louis. Trad. Marília Scalzo.
- Morte em pleno verão (Companhia das Letras), de Yukio Mishima. Trad. Andrei Cunha.
- projeto Querino: um olhar afrocentrado sobre a história do Brasil (Fósforo), de Tiago Rogero.
- Chupim (Baião), de Itamar Vieira Junior e Manuela Navas.
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JANEIRO, 2025