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Edição de fevereiro traz entrevista com o escritor francês Emmanuel Carrère

01fev2025

A Quatro Cinco Um de fevereiro traz na capa o escritor francês Emmanuel Carrère. O autor de V13: o julgamento dos atentados de Paris e Ioga (Alfaguara) revisita quarenta anos de carreira, fala de seus romances não ficcionais e compartilha angústias e arrependimentos literários em entrevista a Fernando Eichenberg.

Fotografia da capa: Ed Alcock.

A edição traz textos sobre os cem anos de crítica e humor nas páginas da New Yorker, por Paulo Roberto Pires; os caminhos cruzados entre antropologia e ficção, por José Miguel Wisnik; o diário lúcido e poético de Maura Lopes Cançado sobre o hospício, por Ana Cristina Braga Martes; escritos inéditos de Foucault, por Christian Dunker; e a estreia de Mariana Salomão Carrara na literatura infantojuvenil, por Renata Penzani.

Ilustração de Giovanni Colaneri (Divulgação)

Neste mês, a Folha de Rosto traz um retrato de Fernanda Torres, romancista e atriz vencedora do Globo de Ouro que concorre ao Oscar por sua atuação no filme Ainda estou aqui. As páginas seguintes trazem uma série de entrevistas: aos oitenta anos, Humberto Werneck relembra a Belo Horizonte literária da década de 60, por João Pombo Barile; o escritor italiano Antonio Scurati, biógrafo de Mussolini, explica a sedução do fascismo a Manuel da Costa Pinto; a cientista política alemã Ina Kerner discute o alvo comum da extrema direita com Gabriela Sá Pessoa; e o carioca Marcelo Moutinho fala de suas novas crônicas a Iara Biderman.

Werneck e o escritor Carlos Heitor Cony (à esquerda) no Rio de Janeiro, em 1997 (Acervo pessoal)

+ resenhas: uma metrópole pulsante no segundo romance do nigeriano Teju Cole, por Jessica Tavares; o horror cósmico do sexagenário mangaká Junji Ito, por Érico Assis; a biografia de Martin Luther King Jr. escrita por Jonathan Eig, por Fabio Silvestre Cardoso; a análise literária de João Pedro Cachopo sobre A montanha mágica, por Iara Machado Pinheiro; Felipe Haiut e as crianças LGBTQIA+ que só queriam ser quem eram, por Felipe Cabral.

A atriz e autora Fernanda Torres (Renato Parada)

+ colunas: Juliana Borges fala das mães que ainda estão aqui, lutando por justiça nas periferias brasileiras; Djaimilia Pereira de Almeida reflete sobre a emigração; Humberto Brito compartilha um dilema da fotografia; Ondjaki fala dos lugares onde as estórias nos levam.

“Madre e hija” (1982), fotografia de Adriana Lestido. Protesto na Praça de Maio em Buenos Aires (Governo da Argentina/Reprodução)

A edição traz destacados treze livros e um listão com 105 lançamentos em 22 áreas.

Livros destacados na edição

  1. Tremor (Companhia das Letras), de Teju Cole. Tradução de Paulo Henriques Britto.
  2. A melhor época da nossa vida (Mundaréu), de Antonio Scurati. Tradução de Federico Carotti.
  3. King: uma vida (Companhia das Letras), de Jonathan Eig. Tradução de Denise Bottmann.
  4. Loucura, linguagem, literatura (Ubu), de Michel Foucault. Tradução de Nélio Schneider. 
  5. A literatura como antropologia especulativa (conjunto de variações) (Cultura e Barbárie), de Alexandre Nodari.
  6. Planeta demoníaco Remina (Devir), de Junji Ito. Tradução de Arnaldo Oka.
  7. O escândalo da distância: uma leitura d’A montanha mágica para o século XXI (Tinta-da-China Brasil), de João Pedro Cachopo.
  8. Selvagem (Cobogó), de Felipe Haiut.
  9. Hospício é Deus (Companhia das Letras), de Maura Lopes Cançado.
  10. Sabor paciência (Baião), de Mariana Salomão Carrara e Giovanni Colaneri.